Este Natal, a Parques de Sintra propõe a adoção de árvores verdadeiras, provenientes do Parque da Pena e da Tapada do Mouco, para decorar a sua casa. No final da quadra natalícia, estas árvores devem ser devolvidas para serem plantadas no Parque da Pena, numa ação de plantação na qual podem participar todas as famílias que adotaram uma árvore.

A iniciativa convida, não só, à adoção de comportamentos sustentáveis, como também invoca a memória histórica da primeira celebração do Natal em torno de um pinheiro decorado, em Portugal.

Na época em que D. Fernando II reinou com D. Maria II, o Natal no Palácio das Necessidades, em Lisboa, fazia-se em torno de uma árvore trazida propositadamente do Parque da Pena, em Sintra, a que o rei chamava “o pinheiro da Pena”, sendo este monarca reconhecido como tendo introduzido este hábito na cultura portuguesa.

Para além de tornar o seu Natal ainda mais especial, levando para sua casa um bocadinho de história, ao participar nesta iniciativa estará também a contribuir para a conservação e valorização botânica do Parque da Pena.

Os exemplares disponíveis para adoção são de algumas das espécies prediletas da família real para os Natais no Palácio das Necessidades, e destinam-se à plantação do Alto do Chá, no Parque da Pena, zona fortemente afetada pelos temporais dos últimos anos, que levaram à queda de muitos exemplares arbóreos.

São exemplares das espécies Picea abies e Picea orientalis, com alturas variáveis entre os 1,30m e 1,60m e conformação de copa natural (todas as árvores são diferentes entre si, por se desenvolverem em condições naturais e não em produção intensiva com objetivos comerciais).
A adoção é limitada ao stock existente, de 50 exemplares.
Estas árvores provêm do Viveiro situado na Tapada do Mouco, contígua ao Parque da Pena. As coníferas produzidas neste viveiro têm vindo a ser plantadas no Parque da Pena, desde 2017, com vista à recuperação das áreas mais afetadas pelos temporais de 2013 e 2015 – o Regato das Perdizes, o Alto do Chá, o Jardim Inglês e a zona envolvente do Chalet da Condessa d’Edla e da Quinta da Pena –, com o objetivo de recuperar o elenco botânico original do parque.
Os Viveiros Florestais da Tapada do Mouco foram criados no final do séc. XIX para produção espécies arbóreas destinadas ao Parque da Pena.
Foi com este mesmo objetivo que se recuperou a estrutura e a função deste Viveiro, com vista a conservar o banco genético e o valor botânico que a coleção do Arboreto Parque da Pena encerra.