O PCP avisou hoje o primeiro-ministro que seria um “mau sinal” se o Governo “rasgar” o compromisso de aumento do salário mínimo e pediu aos trabalhadores que saiam à rua para as manifestações de sábado da CGTP.

O aviso foi deixado pelo líder comunista, Jerónimo de Sousa, no final de uma sessão com militantes do PCP e dirigentes da CGTP na sede do Centro Vitória, em Lisboa, sobre a defesa dos direitos dos trabalhadores e do aumento dos salários, em que fez um apelo direto aos trabalhadores para que participem na jornada de luta da central, no sábado, em vários locais do país.

“O Governo prepara-se, pelo menos dá a entender, que não vai cumprir o valor do aumento do salário mínimo nacional (SMN) que tinha anunciado. Isto constitui um mau sinal”, afirmou Jerónimo de Sousa, numa reunião que que os participantes, cerca de 20, respeitavam o distanciamento determinado pelas regras quanto à pandemia de covid-19.

Nas grandes opções do plano, o Governo mantém o objetivo de aumentar progressivamente o salário mínimo nacional aos 750 euros até 2023, mas o ministro das Finanças não se comprometeu com um valor, optando por falar num “aumento com algum significado”, mas “também equilibrado”.

O aumento do salário mínimo previsto pelo executivo de António Costa previa que atingisse 670 euros em 2021 e 750 em 2023.