Estação da CP, em Sintra

O Governo nega que haja sobrelotação nos comboios urbanos na Grande Lisboa e garante que têm sido cumpridas as regras de saúde pública tendo em conta a pandemia da Covid-19. O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, refere que as taxas de ocupação dos comboios nas linhas urbanas estão abaixo das registadas no período pré-Covid, mas adianta que está a ser estudada o reforço de comboios na linha de Sintra.

“Ainda não falta, na generalidade, oferta de comboios nas linhas urbanas. A procura ainda é muito mais baixa do que no período anterior à pandemia e a lotação de dois terços é cumprida na esmagadora maioria dos comboios, mesmo na hora de ponta”, afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, em resposta a uma interpelação requerida pelo Bloco de Esquerda (BE) sobre “a resposta à Covid-19 na Grande Lisboa nos transportes e na habitação”.

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação

Pedro Nuno Santos não rejeita a possibilidade de recorrer a autocarros para complementar o comboio, mas “não tem muitas expectativas” em relação a essa solução. Isto porque, no caso da linha de Sintra, “um comboio com carga máxima transporta duas mil pessoas e liga todas as estações em 40 minutos” e um autocarro cheio “leva apenas 50 pessoas e demora o dobro ou o triplo a fazer o mesmo trajeto”.

“Isto significa que, se quiséssemos acrescentar à nossa oferta o equivalente a um comboio, teríamos de injetar 40 autocarros em hora de ponta no IC19”, explicou.

O ministro adiantou que foi criado um grupo de trabalho entre o Ministério das Infraestruturas e a CP para estudar uma forma de colocar “pelo menos mais um comboio por hora na linha de Sintra”.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou que “não é possível” acrescentar mais carruagens nos comboios na linha de Sintra, “porque ocupam toda a plataforma”, e “não é possível acrescentar de imediato mais comboios numa linha onde a oferta da CP está a 100% desde o dia 4 de maio.

Sintra Notícias com Jornal Económico