Mário Centeno sai do Governo

O Presidente da República já aceitou a exoneração de Mário Centeno. João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento, assume a pasta das Finanças.

Mário Centeno, ministro de Estado e das Finanças, está de saída do Governo.

O secretário de Estado do Orçamento João Leão vai ocupar a pasta, estando a cerimónia de posse marcada para o dia 15 de junho. Quem também está de saída é o Secretário de Estado Ajunto das Finanças Mourinho Félix, que chegou a ser apontado como possível sucessor de Mário Centeno.

Na conferência de imprensa prevista para esta tarde, Mário Centeno deverá apresentar o Orçamento Suplementar e anunciar que abandona o executivo.

João Leão, atual secretário de Estado do Orçamento, vai ocupar o cargo. Considerado um governante muito duro dentro do Governo, é a ele – mais do que a Centeno – que muitos atribuem a rigidez com as contas públicas. A tomada de posse está marcada para dia 15 de junho, às 10h00.

Depois de confirmar a remodelação na pasta das Finanças, António Costa agradeceu a “dedicação” de Mário Centeno e garantiu uma política de “continuidade”, sem “qualquer alteração”, e uma “tranquila passagem de testemunho”.

“A vida é feita de ciclos”, — António Costa

“A vida é feita de ciclos, e quero aqui expressar publicamente que compreendo e respeito que Mário Centeno queira abrir um novo ciclo na sua vida”, declarou António Costa, lembrando que, pela segunda vez em 46 anos de democracia, um ministro das Finanças cumpriu os quatro anos de uma legislatura, e que, pela primeira, ainda preparou o início da segunda.

Mário Centeno destacou os “1664 dias” passados no Governo, a que se somaram 900 dias na presidência do Eurogrupo. Os números sempre certos, destacou em jeito de brincadeira, acrescentando ter a certeza de que “os números vão continuar a estar certos” com o sucessor.

João Leão destacou o trabalho conjunto com Mário Centeno, participando “na preparação de cinco orçamentos do Estado”, chegando a sublinhar o facto de serem doutorados na mesma cidade dos Estados Unidos como coincidência que reforça a ideia de continuidade no trabalho pretendido à frente das Finanças.

Sintra Notícias com TSF
[em atualização]