DGS quer crianças a comer legumes e fruta e a evitar “snacks”

Manual da DGS aconselha as famílias a optarem pela confeção de refeições de panela, como os guisados e estufados, que mantêm os nutrientes dos alimentos,

 A Direção-Geral da Saúde (DGS) sugere um reforço dos legumes e fruta na alimentação das crianças e pede aos pais que evitem ter em casa ‘snacks’ hipercalóricos, para prevenir o aumento de peso durante o isolamento social.

Num manual divulgado no ‘site’ da DGS, com os cuidados a ter para uma alimentação saudável e sugestões de atividades para crianças em tempos de covid-19, a DGS recorda que a necessidade de uma permanência mais prolongada em casa para travar a propagação do novo coronavírus leva a uma menor atividade física e a alterações nos padrões de compra de alimentos que podem colocar algumas crianças em risco.

“O consumo de alimentos hipercalóricos e de menor densidade nutricional associado ao sedentarismo podem promover o ganho de peso e o aparecimento de doença associadas no futuro”, alerta a DGS.

Num país onde 29,6% das crianças entre os 6 e os 9 anos de idade têm excesso de peso, a diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável aconselha: “Consumir sopas ao início das duas refeições principais, incluir fruta como sobremesa também das duas refeições principais, e mais uma nas refeições intercalares ao longo do dia, é o suficiente para atingir a recomendação”.

O manual da DGS aconselha as famílias a optarem pela confeção de refeições de panela, como os guisados e estufados, que mantêm os nutrientes dos alimentos, dar primazia à água e prestar uma atenção particular às crianças, que nesta fase passam mais tempo em meios digitais e podem, por isso, ser alvos mais fáceis de publicidade a produtos menos saudáveis.

Outra das sugestões para por, quando se fazem por exemplo compras ‘online’, ensinar a criança a descodificar os rótulos dos alimentos, ajudando-a a fazer opções mais saudáveis.

Alerta ainda que o leite e os derivados são alimentos importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças, pois são fonte de vitaminas, cálcio e outros minerais, mas não devem ser consumidos em excesso, com a quantidade diária limite a rondar os 400-500ml.