Mais de 18 mil pessoas visitaram o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, no ano de 2018, registando assim o maior número de visitantes desde que foi inaugurado, um aumento de 102% relativamente ao ano anterior.

Na exposição permanente «Livro de Pedra» contam-se cerca de dois milénios de história a partir das inscrições e dos elementos decorativos presentes nas dezenas de monumentos pétreos, que integram sete salas temáticas e cronologicamente organizadas: “Cripta Etrusca”, “Basílica Romana”, “Igreja Visigótica”, “Cronos Devorator”, “Necrópole Medieval”, “Gabinete Lapidar” e “Fines”.

Na área adjacente ao museu estão implantadas as ruínas arqueológicas de São Miguel de Odrinhas, onde se pode observar uma necrópole medieval, utilizada entre meados do século XII e o século XVI, diretamente relacionada com a primitiva igreja de São Miguel.

Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou a exposição temporária “Agricultores e Pastores da Pré-História – Testemunhos da Região de Sintra”

De momento está patente a exposição temporária “Agricultores e Pastores da Pré-História – Testemunhos da Região de Sintra” que conta com mais de 500 objetos e testemunha a densa ocupação humana em Sintra durante a Pré-história e apresenta, pela primeira vez ao público, alguns dos mais significativos conjuntos desde meados do sexto milénio (Neolítico antigo) até finais do terceiro milénio A.C. (Calcolítico final).

Esta exposição foi inaugurada em março do ano passado, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta. “O Museu de Odrinhas é um exemplo do que é a arqueologia e museologia de excelência, este museu é um modelo não só pela belíssima exposição temporária que tem patente como por todo o trabalho desenvolvido ao longo destes 20 anos”, salientou o edil.


Festival Romano In Vino Veritas realizado em 2018

Para além da inauguração desta importante mostra, outras atividades renovaram a imagem e contribuíram para o êxito do ano de 2018, nomeadamente o Festival Romano In Vino Veritas; o Festival de Teatro Clássico; as várias sessões de “Nuvens”, de Aristófanes; as criativas oficinas educativas para crianças e jovens e as já célebres “Noites do Museu”, guiadas por figuras do passado, que levam os visitantes por uma viagem à época romana.

O museu detém ainda uma biblioteca pública com livros que abrangem temas de Arqueologia, História da Arte, Antropologia Cultural, Filologia, Etnografia, História Antiga, entre outros. Possui vários fundos distintos, sobressaindo o das publicações periódicas e o das monografias, para além do fundo antigo, que reúne obras do séc. XVI a meados do séc. XIX.

Em comunicado a autarquia sintrense sublinha que “este êxito é reflexo do claro investimento por parte da Câmara Municipal de Sintra na área da arqueologia e museologia, que não se resume somente aos aspetos mais visíveis do museu, mas que inclui também a recuperação de alguns dos principais sítios arqueológicos do concelho, das quais se destaca o restauro dos mosaicos da Villa Romana de Santo André de Almoçageme”.

No ano de 2019, o museu comemora o seu vigésimo aniversário. O espaço está aberto de terça-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. A entrada tem um custo de 2 euros estando, no entanto, previsto o regime de redução para aposentados e grupos organizados.