José Lino Ramos, presidente da mesa da concelhia do CDS-Sintra e ex-secretário-geral do partido, e Silvino Rodrigues, ex-presidente da Concelhia de Sintra, absolvidos no processo disciplinar interno relativo à campanha autárquica de 2017

José Lino Ramos, presidente da mesa da concelhia do CDS-Sintra e ex-secretário-geral do CDS-PP, bem como o ex-líder da concelhia de Sintra do partido, Silvino Rodrigues, foram absolvidos no processo disciplinar interno relativo à campanha autárquica de 2017.

A Comissão de Jurisdição Distrital do CDS, considerou que não havia provas de que José Lino Ramos e outros dirigentes da concelhia não tenham feito campanha pela coligação “Juntos pelos Sintrenses”, liderada por Marco Almeida, que a direcção Nacional do CDS decidiu integrar.

No processo, os dois dirigentes – entre outros militantes dirigentes locais, como o SINTRA NOTÍCIAS avançou na ocasião, – eram acusados de não terem feito campanha em Sintra onde o CDS concorreu na coligação “Juntos pelos Sintrenses”, criada a partir do movimento independente de Marco Almeida e em que estavam o PSD, MPT e o PPM.

Recorde-se, a concelhia de Sintra foi contra a coligação entre partidos e aprovou por maioria, com duas abstenções e dois votos contra, uma proposta que defendia a possibilidade do partido concorrer com uma candidatura própria, a todos os órgãos autárquicos, proposta que não foi considerada, pela vontade de Assunção Cristas.

A falta de provas foi a alegação aprovada por unanimidade pelo Conselho Nacional de Jurisdição, segundo o acórdão, e provocou a natural reação de José Lino Ramos e Silvino Rodrigues, nas redes sociais.

A minha consciência e o meu bom nome não têm preço e jamais a minha coluna deixará de ser vertical” — José Lino Ramos

“Quase um ano depois de uma acusação ignóbil, torpe, mentirosa, vil, indigna e infame, fui notificado do acórdão do conselho nacional de jurisdição que decidiu por unanimidade que “não tendo sido provado nenhum dos factos de que é acusado na participação disciplinar, a sua absolvição e consequente arquivamento deste processo.”

Se fiquei satisfeito?…não!…um Partido que permite que aqueles que dão a cara em seu nome, que diariamente dão o melhor de si na defesa das suas ideias e princípios, seja alvo de tão abjectas acusações, não deve estar de consciência tranquila e não devia estar satisfeito.

(…) “Este processo também serviu para ‘peneirar’ os verdadeiros dos falsos amigos”

Se estou contente?…não!…uma disciplina partidária que demora quase um ano a concluir pela injustiça da acusação, não é justa e não devia estar contente. 

Se estou aliviado?…não!…sei o que sou e a minha vida sempre se guiou pelos meus princípios e consciência. A minha consciência e o meu bom nome não têm preço e jamais a minha coluna deixará de ser vertical. 

Apesar de os partidos não agradecerem, eu sou agradecido a muitas pessoas que por via do partido passaram pela minha vida, mas não serei suficientemente cristão para perdoar ou esquecer. Como dizia Maria José Nogueira Pinto, que tanto alguns gostam de citar, o Senhor é meu pastor e nada me faltará.” Não me faltará com a força para devolver democraticamente o que de bom e mau me deram. E como diz a sabedoria popular… tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica ao portão… Este processo também serviu para “peneirar” os verdadeiros dos falsos amigos

(…) “Chegou ao fim um processo, de que fui alvo, armadilhado por falsas acusações e insinuações e promovido por quem deveria ter a obrigação de zelar pelos superiores interesses do meu Partido, do CDS” — Silvino Rodrigues

“A luz venceu as trevas. Finalmente chegou ao fim um processo, de que fui alvo, armadilhado por falsas acusações e insinuações e promovido por quem deveria ter a obrigação de zelar pelos superiores interesses do meu Partido, do CDS.

Apesar de permanecer sempre com a minha consciência tranquila e de acreditar que a verdade iria vencer a mentira, o que é certo é que esse processo tolhia a minha liberdade e sobretudo fazia-me sentir magoado e injustiçado.

Ontem fui informado que o Conselho Nacional de Jurisdição decidiu por unanimidade que não tinha sido provado nenhum dos factos de que eu era acusado.

(…) “Esse processo tolhia a minha liberdade e sobretudo fazia-me sentir magoado e injustiçado”

Como se costuma dizer, “Deus não dorme!”. Apesar do tempo que demorou, a justiça actuou com rectidão e a verdade foi reposta, assim como a minha honra e a minha dignidade!

Este processo também serviu para “peneirar” os verdadeiros dos falsos amigos.

Por isso aproveito para agradecer a todos aqueles e aquelas que, desde o primeiro minuto, acreditaram em mim e estiveram sempre do meu lado, esta é também uma vitória deles!
Os outros? Já nem me lembro deles!”