António Costa acompanhou evolução de “ameaça efetiva” na serra de Sintra

O incêndio obrigou à retirada de 300 pessoas do parque de campismo de Cascais e de 47 de várias localidades em toda a área do incêndio, como Biscaia, Figueira do Guincho, Almoínhas

O primeiro-ministro esteve a acompanhar, durante a madrugada, o incêndio que deflagrou no sábado à noite na zona da Peninha, serra de Sintra, e que evoluiu para Cascais, considerando-o “uma ameaça efetiva à segurança”.

“Obviamente que estive a acompanhar, até cerca das 04h30 horas da manhã, o que se estava a passar [a evolução do incêndio], e em contacto com o senhor presidente da Câmara Municipal de Cascais”, afirmou António Costa.

Em declarações aos jornalistas, no concelho da Golegã, distrito de Santarém, o primeiro-ministro fez questão de deixar a Carlos Carreiras “um abraço de solidariedade e apreço pela forma, aliás, muito serena como soube exercer as suas funções de responsável municipal da Proteção Civil e pela forma como se articulou muito bem com o Comando Distrital das Operações de Socorro”.

O primeiro-ministro quis ainda dar “um grande abraço a todas as mulheres e homens que durante toda a noite tiveram um combate muito difícil, e naturalmente às populações, que se sentiram particularmente ameaçadas, perante um fogo que, durante duas horas, e com um vento de grande intensidade, foi uma ameaça efetiva, não só à segurança das suas habitações como à segurança das pessoas”, salientou.

O chefe de Governo destacou também que “felizmente foi possível travar este combate com sucesso sem que haja danos pessoais significativos, sem que tenha havido qualquer habitação atingida”.

Recorde-se, o incêndio que deflagrou no sábado na serra de Sintra e que se alastrou a Cascais, foi dado como dominado cerca de 12 horas depois de ter deflagrado na zona da Peninha, num combate às chamas muito dificultado pelos ventos, que chegaram a ter rajadas de 100 quilómetros por hora.

O incêndio obrigou à retirada de 300 pessoas do parque de campismo de Cascais e de 47 de várias localidades em toda a área do incêndio, como Biscaia, Figueira do Guincho, Almoínhas, segundo o comandante distrital de Lisboa da ANPC, André Fernandes.

No local permanecem mais de 700 operacionais, apoiados por 225 veículos e sete meios aéreos.