A Agência Portuguesa do Ambiente tem em fase de consulta pública, até 23 de março, a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) ao projeto de modernização da Linha Ferroviária do Oeste (Sintra/Figueira da Foz), orçado em 106 milhões de euros.

A AIA insere-se no processo de licenciamento do projeto de modernização de 87,5 dos 200 quilómetros da via, entre as estações de Mira Sintra-Meleças (Sintra) e de Caldas da Rainha, antes do lançamento do concurso público para as obras.

O projeto engloba a eletrificação e duplicação da via, retificação de curvas, criação de variantes ao traçado atual, supressão de todas as passagens de nível e a sua substituição por passagens superiores ou inferiores à linha férrea e instalação de sinalização nas estações e apeadeiros em 18 meses na passagem pelos concelhos de Sintra, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Cadaval, Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha.

As obras de modernização vão aumentar a velocidade máxima de circulação para os 140 quilómetros/hora, reduzindo em cerca de 40 minutos os percursos atuais e permitindo que a viagem entre Torres Vedras e Lisboa e entre Caldas da Rainha e Lisboa se faça, respetivamente, em 50 e 90 minutos, refere o resumo não técnico da AIA.

O investimento vai permitir atualizar o material circulante e a circulação futura de 48 comboios diários, contribuindo para ajustar os horários dos comboios às necessidades dos passageiros, reforçar as condições de segurança, reduzir os custos e melhorar as condições de exploração e reduzir os custos energéticos, tornando a ferrovia capaz de competir com o transporte rodoviário e atrair passageiros.

De acordo com o Plano de Investimentos para a Ferrovia até 2020, o investimento de 106 milhões de euros é comparticipado em 74 milhões de euros por fundos comunitários.

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