“O meu bom nome não tem preço” e a “minha coluna vertebral será sempre vertical”, disse hoje na sua página pessoal de facebook, José Lino Ramos, a propósito de um processo disciplinar instaurado pela Comissão de Jurisdição Distrital do CDS, enquanto presidente da mesa da Assembleia da Concelhia de Sintra, de que é alvo, juntamente com nove militantes do partido em Sintra, por alegadamente não ter participado na campanha eleitoral, nas últimas eleições autárquicas e de ceder ficheiros de militantes para propaganda a favor do PS,  conforme avançou SINTRA NOTÍCIAS esta manhã.

José Lino Ramos, que faz parte da Comissão Política Nacional liderada por Assunção Cristas, não resistito e recorreu ao facebook para manifestar a sua indignação e desagrado.

“Os Partidos agradecem… quem não se sente não é filho de boa gente… depois de ter aceitado o encargo de ter sido mandatário financeiro nacional de todas as campanhas autárquicas em nome do CDS… de ter aceitado o encargo de ser a única pessoa dentro do Partido a poder ser responsabilizado pessoalmente, financeiramente, criminalmente, em nome do CDS… de ter palmilhado todos os distritos do país e regiões autónomas para preparação e boa execução financeira das campanhas autárquicas do país inteiro em nome do CDS… de ter acompanhado diariamente a execução financeira das campanhas do país inteiro em nome do CDS… o partido agradece… na política não vale tudo!”, desabafa, indignado, José Lino Ramos.

“não serei suficientemente cristão para dar a outra face, mas democrata suficientemente para dar a resposta!… sempre agradecido”

“O meu bom nome não tem preço!… a minha coluna será sempre vertical!… como não ambiciono ser a sombra de ninguém, sigo a luz em liberdade, porque o que não nos derruba, torna-nos mais fortes… não serei suficientemente cristão para dar a outra face, mas democrata suficientemente para dar a resposta!… sempre agradecido”, conclui o militante do CDS-PP.

José Lino Ramos, Silvino Rodrigues, Maurício Rodrigues, Manuel Vicente Antunes, José Lopes, José Manuel Ferreira, Carlos Abrantes Pinheiro, Vera Cristina Fonseca Pino, Ana Brinco e Octávio Rebelo da Costa, estão a ser notificados pela Conselho Distrital de Jurisdição do CDS, para se explicarem, na sequência de um processo disciplinar.

Entre várias acusações e pedidos de esclarecimento, para a Comissão de Jurisdição Distrital, órgão de direção política, “não se concebe que membros seus, sem se haverem demitido e mantendo-se em exercício pleno, usem essa posição para minar e afrontar o desenvolvimento de orientações políticas do CDS, quebrando a solidariedade e a lealdade que lhes são devidas”.

Recorde-se, os militantes de Sintra “não aceitam ser responsabilizados pela incapacidade política em avaliar e gerir o processo autárquico” que culminou na maioria absoluta do partido socialista, para a Câmara de Sintra. Entendem, que “quem impôs uma solução diferente daquela que os militantes de Sintra aprovaram por esmagadora maioria deve assumir a sua responsabilidade pelos resultados eleitorais” e “não fugir às suas responsabilidades”.

Na ocasião, a líder do CDS, Assunção Cristas, decidiu que o partido avançaria com uma coligação entre PSD, CDS-PP, MPT e PPM, no âmbito do movimento “Sintrenses com Marco Almeida”.

(Notícia actualizada)