O candidato da coligação PSD/CDS-PP em Sintra já admitiu que terá de apresentar novo nome para a coligação que concorre nas próximas eleições autárquicas.

“Para mim a decisão do tribunal é soberana e, por isso, não recorreremos e apresentaremos uma nova designação”, disse hoje à agência Lusa Marco Almeida, acrescentando que na escolha do nome pesou a ponderação de os partidos não poderem ter nomes de pessoas, mas da legislação poder ser vista como omissa em relação às coligações.

O candidato admitiu que “seja para o próprio Tribunal Constitucional uma matéria difícil de analisar, tendo em conta que pela primeira vez se juntam movimentos independentes a partidos no âmbito de uma coligação”.

Para o atual vereador sintrense, a coligação de independentes com partidos, “já por si, é uma vitória por alargar a base de apoio da candidatura relativamente a 2013”.

Marco Almeida assegurou não ter “um plano B” e que ainda irá escolher o novo nome da coligação a submeter de novo ao Tribunal Constitucional.

PS diz que “caiu a máscara”

O Partido Socialista já reagiu à decisão do Tribunal Constitucional considerando que a mesma “é reveladora da estratégia de dissimulação e tentativa de enganar o eleitorado que a coligação PSD/CDS-PP tem protagonizado em Sintra”.

O PS sublinha que a “fraude eleitoral” protagonizada pela coligação em Sintra, “chegou ao ponto de terem apresentado ao Tribunal Constitucional um processo eleitoral sem base legal”, tendo prévio conhecimento dessa situação.

Os socialistas consideram que esta situação “revela uma vez mais total ausência dos mais elementares princípios democráticos e um total desrespeito pelo órgão institucional que o Tribunal Constitucional representa”. “O PSD/CDS-PP pode apagar os símbolos partidários, mas não iludirá os sintrenses”, defende o PS.