A elaboração de um plano de gestão do farol do Cabo da Roca, para promover a conservação e uma maior visitação, foi hoje definida num protocolo assinado entre a Autoridade Marítima e a Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML).

O diretor-geral da Autoridade Marítima, Luís de Sousa Pereira, explicou à Lusa que o principal objetivo do protocolo firmado entre o organismo que lidera e a PSML “é aproveitar o espaço do farol, que tem uma série de potencialidades, para que possa haver mais serviços, que permitam melhorar o acesso dos visitantes”.

Foi definido um prazo de seis meses para elaborar e aprovar um plano de gestão com ações que “visam propagar a aptidão do farol do Cabo da Roca enquanto espaço com capacidade para fruição pública pela visitação e lazer”.

“O objetivo é contribuir para a requalificação do espaço do Cabo da Roca, criar um instrumento adicional de atratividade da zona e ao mesmo tempo fazer uma maior divulgação da atividade dos faróis, dos faroleiros, da Autoridade Marítima e da Marinha”, salientou o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello.

O governante, que assistiu à assinatura do protocolo, espera que a gestão conjunta do espaço o torne “mais interessante e atrativo, divulgando também a atividade dos faróis e dos faroleiros” e criando “condições para que as pessoas visitem o ponto mais ocidental da Europa continental”.

“Há um conjunto de casas que eram ocupadas pelos faroleiros e que devido à automatização estão desocupadas, e a nossa intenção é recuperarmos todo o edificado, para cafetaria, lojas, casas de banho, tudo o que possa melhorar a qualidade da visita dos milhares de visitantes no Cabo da Roca”, explicou o presidente da PSML, Manuel Batista.

O farol manterá a função principal de sinalização e segurança marítima e, segundo o protocolo, renovável por períodos de dez anos, a PSML poderá concorrer a mecanismos de financiamento, nomeadamente dos programas ‘Life’, ‘Horizon2020’ e de outros fundos europeus.

O presidente da PSML assegurou que o projeto avançará “independentemente do apoio de fundos comunitários” e admitiu que, embora esta intervenção vise apenas o edificado da Marinha, a sociedade poderá também no futuro participar no reordenamento do Cabo da Roca, juntamente com as outras entidades.