CDU Sintra contra o encerramento da Agência da Caixa Geral de Depósitos de Colares

"Terá impactes nas populações e nos direitos dos trabalhadores"

Caixa Geral de Depósitos, Colares

O recente anúncio do encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD) um pouco por todo “terá impactes nas populações e nos direitos dos trabalhadores”, refere em comunicado a CDU de Sintra, considerando que a equipa da CGD liderada por Paulo Macedo que durante a apresentação do Plano Estratégico da CGD, anunciou que irá reduzir cerca de 25% das agências.

Um desses encerramentos é a agência da CGD em Colares, uma freguesia no concelho de Sintra com uma população de perto de oito mil habitantes. “O encerramento do serviço bancário constitui um grave retrocesso no processo de descentralização e proximidade dos serviços do Estado português às suas populações e por isso a CGD não se pode comportar como um banco privado”, lamenta a CDU.

Para os comunistas de Sintra, “o encerramento desta agência penaliza a população da freguesia de Colares e muitas micro e pequenas empresas que aí desenvolvem a sua actividade. Também a população idosa será altamente prejudicada dado que, com baixos rendimentos e sem meios próprios de deslocação, terá de ir até Sintra para, por exemplo, levantar a sua reforma, o que acarreta custos acrescidos”.

“A redução de serviços da CGD, a par da fuga de outros serviços públicos (como foi o caso dos CTT’s), contribuirá para dificultar a actividade económica e, por consequência, para agravar desigualdades em Colares”, chama a atenção a CDU de Sintra, acrescentando que, “sem o suporte de um banco público, esta área do concelho de Sintra dificilmente se desenvolverá” garantindo que “a CDU tudo fará para que a agência da CGD de Colares não encerre”.

Plano Estratégico da CGD

Recorde-se que a Caixa Geral de Depósitos já decidiu quais os primeiros 70 dos 180 balcões que tenciona encerrar até ao ano 2020, em todo o país. Segundo o Correio da Manhã, prevê-se que até final deste mês de março, encerrem os primeiros 57 balcões, onde está incluído o de Colares (Sintra) e até final do ano, mais 13.

Recorde-se que estes dados constam do plano estratégico criado ainda pela administração de António Domingues. Mas tudo indica que se irá manter, uma vez que Paulo Macedo, afirmou recentemente que “a Caixa precisa de desenvolver o seu trabalho e pôr em prática o plano que está aprovado”.

Pretende-se desta forma, recuperar a Caixa Geral de Depósitos, para que o maior banco do país possa regressar aos lucros.