Dia Mundial da Rádio no Museu das Notícias em Sintra

TSF celebrou hoje, 13 de fevereiro, Dia Mundial da Rádio no Museu das Notícias, em Sintra

Emissão especial da TSF, em Sintra, sobre o passado e o futuro da rádio

A TSF celebrou hoje, 13 de fevereiro, Dia Mundial da Rádio no Museu das Notícias, em Sintra. Uma emissão especial sobre o passado e o futuro da rádio, a partir de um estúdio histórico da rádio portuguesa – o do Rádio Clube Português, que está agora replicado no Museu das Notícias (NewsMuseum), em Sintra.

As senhas e os comunicados. Na noite de 25 de abril de 1974, a Rádio esteve ao comando. Estes e muitos outros sons da história da Rádio em Portugal numa sala que replica uma cabina de emissão dos anos 70. Participação especial: Joaquim Furtado. Curadora: Paula Cordeiro

Uma conversa, conduzida por Nuno Domingues, passou sobre o futuro da rádio, sem esquecer o seu passado. As memórias de Joaquim Furtado, que teve no seu transístor “a primeira namorada”, a visão de Luís Paixão Martins, que lançou o Museu das Notícias e a determinação de Fernando Alves: “fazer da rádio um requinte, antes que uns manhosos acabem com ela”.

No Museu das Notícias foi replicado o estúdio de onde foi feito o primeiro anúncio da Liberdade. 25 de Abril de 1974. Pouco antes das 4h30, o Rádio Clube Português interrompia a emissão. Aos microfones, Joaquim Furtado lia um comunicado:

A Rádio transmite as senhas. Primeiro, João Paulo Diniz (EAL), depois Leite de Vasconcelos (RR). A meio da madrugada, Joaquim Furtado (RCP) torna-se na voz do Movimento das Forças Armadas | Imagem: Museus das Notícias

“Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo.
Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração que se deseja, sinceramente, desnecessária”.

A revolução estava em marcha. Na rádio, a História acontecia em direto.

Sintra Notícias / TSF
Fotos: TSF e NewsMuseum