Hora do Planeta quer 150 municípios portugueses às escuras

    Hora do Planeta vai ser a 25 de março

    Os promotores da iniciativa mundial Hora do Planeta pretendem ter a adesão de 150 municípios portugueses este ano, a apagar a luz em monumentos, chamando a atenção para a necessidade de alterar comportamentos em defesa do ambiente.

    “Estamos a 60 dias, a Hora do Planeta vai ser a 25 de março, este ano” e hoje abre oficialmente a campanha a pedir aos municípios que se inscrevam e participem na iniciativa, disse à agência Lusa a coordenadora da associação de defesa do ambiente WWF Portugal.

    O que é esperado das autarquias é que declarem “o seu apoio à Hora do Planeta, do município, da cidade ou da vila, desligando alguns monumentos simbólicos” das 20:30 às 21:30, no sábado, dia 25 de março.

    Além do “apagão”, a que os cidadãos podem juntar-se desligando a eletricidade nas suas casas, alguns municípios propõem iniciativas locais a favor da sustentabilidade.

    A Hora do Planeta começou a ser assinalada em Portugal em 2008, quando teve a adesão de 11 municípios, número que, em 2016, já atingia 120, ou seja, um terço das câmaras portuguesas participou.

    “Gostavamos de crescer, pelo menos, 5% ou 10% esse número [120] e chegar a cerca de 150 municípios, que seria cerca de metade de Portugal a aderir e a ficar às escuras pela Hora do Planeta”, salientou Ângela Morgado.

    A iniciativa da WWF Portugal vai realizar-se em Lisboa, como aconteceu no ano passado, e está programado um concerto de música à luz de velas, no Parque Eduardo VII, mesmo local de 2016, quando foram convidadas as cantoras Sara Tavares e Carminho.

    O concerto terá início às 20:30, a Hora do Planeta, e os bilhetes, com “um preço simbólico de 10 euros”, especificou a responsável da WWF Portugal.

    “A dinâmica da Hora do Planeta, sendo a maior plataforma de ação para o ambiente, [assenta] em compromissos das pessoas para com o ambiente, para uma vida com mais qualidade e mais sustentável”, explicou.

    A Hora do Planeta é uma iniciativa simbólica que pretende chamar a atenção e responsabilizar as pessoas na luta contra as alterações climáticas e a favor de um ambiente sustentável.

    Foram mais de sete mil as cidades de 178 países ou territórios em todo o mundo, e milhões de pessoas a aderir a esta ação pelo ambiente, no ano passado.

    Mosteiro dos Jerónimos, Cristo Rei, Torre de Belém, Palácio Nacional da Pena, Palácio Nacional de Sintra, Palácio de Monserrate, Castelo de S. Jorge, Museu da Eletricidade, Muralhas de Miranda do Douro, Castelo de Porto de Mós, Monumento dos ex-Combatentes do Ultramar de Santa Comba Dão, Castelo e Igreja dos Agostinhos, em Vila Viçosa, Muralhas de Serpa, Ponte de São Roque e Torre de Menagem, em Chaves, ou Mosteiro de S. Dinis, em Odivelas, foram alguns dos monumentos que estiveram às escuras na Hora do Planeta de 2016.