Basílio Horta: “Houve muitos anos de abandono completo da saúde em Sintra”

“Este Governo não tem culpa nenhuma”, porque “houve muitos anos de abandono completo da saúde em Sintra”

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo já acionou o plano de contingência hospitalar em vigor na sua área, o qual prevê que qualquer hospital que atinja os limites de internamento em serviço de observações (SO) seja “aliviado” e os doentes transportados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sejam encaminhamos para outros hospitais.

No caso do Hospital Fernando Fonseca a lotação do SO é de 45 doentes e “está esgotada”, explicou à agência Lusa o porta-voz desta unidade hospitalar.Esta situação verifica-se “desde sensivelmente 20 de dezembro” e prevê-se que, perante o quadro de gripe atualmente no país, se prolongue pelo menos até meados de janeiro.

“O que já não é normal é que o plano de contingência para o Amadora-Sintra vá até ao dia 18 de janeiro, quando o plano de contingência nos outros hospitais é de um, dois dias, no máximo três a quatro dias, a verdade é um espaço muito amplo. Revela bem a forma a que chegou a saúde no nosso concelho”, disse à Lusa Basílio Horta.

O autarca acrescentou que a situação o preocupa e o deixa indignado, mas frisou que “este Governo não tem culpa nenhuma”, porque “houve muitos anos de abandono completo da saúde em Sintra”.

“Apesar de esta área ser da responsabilidade do Governo central, a câmara vai investir do seu orçamento mais de 8,5 milhões em equipamentos de saúde. Não era possível continuar tudo parado na área da saúde em Sintra”, frisou.

A autarquia contratualizou com a ARS a construção de cinco novos centros de saúde, em Algueirão-Mem Martins, Agualva, Almargem do Bispo, Queluz e Sintra e uma nova unidade de hospitalar.