Marco Almeida admite que nas autárquicas de 2013 cometeu erros que levou ao afastamento do PSD. Depois de há quatro anos ter decidido avançar sozinho para as eleições autárquicas diz agora que o mais importante é que “há aqui o reconhecimento do erro cometido em 2013”, nomeadamente “pela forma como eu conduzi o processo”, afirma.

Nas declarações hoje ao Jornal de Notícias (JN) o ex-vice presidente de Fernando Seara atribuiu também responsabilidades aos “partidos” pela forma como o processo foi conduzido. O JN adianta também que a coligação de partidos que Marco Almeida encabeça deverá ser composta, para além do PSD, pelo o MPT, o PPM e muito provavelmente o CDS.

Com o apoio de Carmona Rodrigues (ex-presidente da Câmara de Lisboa) e de António Capucho (ex-presidente de Cascais), Marco Almeida diz candidatar-se porque “Sintra é o segundo concelho da Área Metropolitana de Lisboa com menos investimento”, situação que promete inverter.

Coligação com CDS imposta por Assunção Cristas

O PSD e CDS ainda estão em negociações para formar uma coligação em Sintra nas eleições autárquicas do próximo ano. O SINTRA NOTÍCIAS apurou, junto de várias fontes do CDS, que a vontade do partido em Sintra era “protagonizar uma candidatura própria marcando desta forma um novo ciclo na vida autarquia do CDS em Sintra”. No entanto a estratégia do CDS passa por não pode colocar em causa outras coligações que o partido de Assunção Cristas pretende assegurar no resto do país.

A líder do partido não quer causar “constrangimentos” à coligação com o PSD em Cascais e um entendimento em Sintra favorece um possível acordo em Lisboa onde Assunção Cristas já anunciou a candidatura. Responsáveis da direção nacional do CDS estão a conduzir este processo, algo que está a criar grande desconforto junto da base do partido em Sintra.

Numa reunião realizada esta semana entre militantes de Sintra e o presidente da distrital do CDS a proposta de entendimento foi fortemente criticada. “As condições apresentadas pelo PSD são absurdas”, revelou fonte do CDS e que se recusou a revelar a proposta dos socais-democratas.

Os dois partidos querem chegar a um acordo rapidamente de forma a lançar a pré-campanha no início de 2017.