Um ano depois da posse, o executivo de António Costa consegue uma maioria expressiva de avaliações positivas. O estado de graça do governo socialista ainda dura, pelo menos para os inquiridos pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica.

Questionados sobre como avaliam o desempenho do atual governo, 63% respondem que o executivo tem tido uma atuação boa ou muito boa. Do outro lado da balança, apenas 25% dos inquiridos classificam o desempenho como mau ou muito mau. A esta pergunta, 13% afirmam não saber ou recusam responder.

Há cerca de um ano, em dezembro de 2015, o país vivia em plena tensão pós-eleitoral, com a coligação PAF (PSD e CDS-PP) a digerir com alguma dificuldade o facto de ter ganho as eleições de outubro sem ter conseguido depois fazer passar o governo pelo crivo da Assembleia da República. O coelho tirado da cartola por António Costa – um governo PS com maioria relativa, sustentado em acordos bilaterais de incidência parlamentar assinados com Bloco, PCP e Verdes – era algo de inédito no sistema político português.

Questões como a legitimidade, a estabilidade e a durabilidade do novo governo marcavam o debate político e o espaço público por essa altura – final de 2015 -, data do último estudo do CESOP da Católica para o DN, JN, RTP e Antena 1.