Suspeito desmembrou o corpo da companheira depois de a matar

Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra

O Ministério Público (MP) deduziu acusação, por homicídio qualificado, aborto e profanação de cadáver, contra o homem suspeito de ter matado uma antiga namorada que estava grávida, em janeiro, em Sintra, e de desmembrar o corpo, foi hoje anunciado.

“O MP requereu o julgamento em tribunal coletivo de um arguido acusado pela prática dos crimes de homicídio qualificado, aborto e profanação de cadáver”, lê-se num comunicado divulgado no ‘site’ da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

O MP considera que “o arguido agiu de forma especialmente censurável, com enorme crueldade e indiferença ao sofrimento alheios, com frieza de ânimo, com desprezo pela dignidade da vida humana e pela dignidade dos mortos”.

O homem, de 28 anos, está em prisão preventiva desde 22 de abril. Após a investigação, o MP concluiu que ter ficado suficientemente provado que, a 06 de janeiro, o homem atraiu a vítima à sua residência com a finalidade de a obrigar a abortar, uma vez que ele e a vítima tinham mantido uma relação amorosa, mas o suspeito não aceitava a gravidez e não queria assumir a paternidade da criança.

Nesse dia, “o arguido tentou forçar a vítima a ingerir uma bebida por ele preparada com comprimidos destinados a provocar-lhe o aborto e, perante a recusa dela envolveram-se em discussão violenta, durante a qual o arguido lhe desferiu várias pancadas na cabeça que lhe provocaram a morte imediata, incluindo a morte do feto”. “De seguida o arguido desmembrou o corpo em várias partes, que procurou esconder em dois locais diferentes. Uma parte do corpo foi enterrada numa cova feita antecipadamente, por ele próprio, em localidade distante da residência e a outra parte foi lançada ao rio Tejo”, refere ainda o comunicado.

Esta investigação foi dirigida pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra e coadjuvada pela Polícia Judiciária.