Morreu Fernando Relvas, autor de banda desenhada (BD) esta terça-feira de madrugada na Amadora, onde vivia, disse à agência Lusa o director do Amadora BD, Nelson Dona, que o recordou como um dos “autores-chave da BD contemporânea portuguesa”.

O corpo de Fernando Relvas estará em câmara-ardente a partir das 16h00 desta quinta-feira, dia 23 de novembro, no edifício dos Paços do Concelho da Câmara Municipal da Amadora. No dia seguinte, sexta-feira, pelas 11h00, o funeral sairá para o Crematório de Barcarena.

Fernando Carlos Nunes de Melo Relvas, autor de banda desenhada, caricaturista, ilustrador e publicitário português, nasceu a 20 de setembro de 1954, em Lisboa, e faleceu a 21 de novembro de 2017, na Amadora.

Um dos nomes maiores da Banda Desenhada nacional das últimas quatro décadas, e um dos vários autores cuja vida está ligada à cidade da Amadora, onde viveu a partir dos 7 anos.

Considerado por muitos o pioneiro da ficção científica da BD portuguesa, sempre contou boas estórias – desenvolvendo um trabalho intenso, feito com a paixão de poucos e com uma enorme irreverência que lhe eram características.

Um conjunto significativo de pranchas das obras “O Espião Acácio”, “Viagem ao Centro da Terra”, “Rosa Delta sem Saída”, “L123”, “Cevadilha Speed” ou “Slow Motion” integram a coleção de originais da Câmara da Amadora, localizada na Bedeteca da Amadora.

E, ao longo da última década e meia, foram promovidos alguns eventos dedicadas à sua obra, nomeadamente a exposição realizada no presente ano, na Galeria Municipal Artur Bual, intitulada “Fernando Relvas Retrospetiva/Outra Perspetiva”.

Deixa uma enorme saudade em todos aqueles que povoavam o seu mundo, o universo bedéfilo e, particularmente, com aqueles com quem se cruzou, até hoje, na cidade da Amadora.