O presidente da Câmara Municipal de Sintra defendeu este domingo, em Queluz, que “proteger as pessoas deve ser uma verdadeira prioridade nacional”, porque “não há dinheiro que pague uma vida humana”. O autarca anunciou a aposta na profissionalização dos bombeiros e deixou elogios à forma como o Presidente da República lidou com a tragédia dos fogos.

A intervenção de Basílio Horta, na cerimónia do 96º Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Queluz, foi marcada pelos acontecimentos trágicos dos fogos do último fim de semana. Basílio Horta, perante uma assistência de mais de duas centenas de pessoas no quartel dos bombeiros, questionou: “se nós não servimos para garantir a segurança das comunidades o que é que estamos aqui a fazer?”. O autarca elogiou a forma com o Presidente da República reagiu à tragédia, “na defesa do Estado e da Pátria”, tendo deixado uma palavra de satisfação pelas medidas anunciadas este sábado pelo governo.

Basílio Horta considerou que o povo português tem uma dívida de gratidão com todos os bombeiros, que classificou de “verdadeiros heróis nacionais”, porque perante as adversidades nunca desistiram da defesa das populações.

Basílio Horta, na cerimonia do 96º Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Queluz, que foi marcada pelos acontecimentos trágicos dos fogos do último fim de semana. Foto | DR: CMS

O presidente da Câmara revelou também que vai reunir com as corporações de bombeiros, a empresa Parques de Sintra Monte da Lua e a fundação Cultursintra para, “programar e planear os próximos 4 anos, no que diz respeito à prevenção e combate aos fogos”. “O balanço em Sintra destes quatro anos, e deste verão, é positivo, mas este é o caminho para o futuro”, afirmou.

O autarca aproveitou a ocasião para anunciar que irá insistir com o governo para aumentar o número de bombeiros profissionalizados no concelho. “Nós temos os nossos bombeiros voluntários, que voluntariamente arriscam a sua vida, mas temos de avançar com a profissionalização”, defendeu Basílio Horta. “Nós precisamos, urgentemente, de 70 novos profissionais em Sintra e a Câmara está disponível para assumir as suas responsabilidades”, revelou o autarca, sublinhando que não admite que “o governo não assuma as suas”. Basílio Horta deixou claro que “somos apoiantes deste governo, mas primeiro está o nosso povo, primeiro está o nosso património”.