Incêndios: 500 fogos, 31 mortos, estado de calamidade

Os mais de 500 incêndios que deflagraram no domingo, no centro e norte do país, fizeram pelo menos 31 mortos, e dezenas de feridos, o que levou o Governo a decretar o estado de calamidade.

A luz do dia revelou imagens, da região centro e no norte, nas televisões e nas fotografias dos jornalistas, de destruição e aflição de populações.

No facebock, o musico e cantor Fernando Pereira, proprietário da Taverna dos Trovadores em Sintra, deixa uma imagem dramática, mas também um grito de “revolta” por um país que arde, e teme pela vida de amigos e familiares da Serra do Açor: “As notícias dos incêndios na Serra do Açor são de grande catástrofe, eu vou a caminho acompanhado pela minha irmã para poder ajudar quem precisa, fui recentemente eleito presidente da Comissão de Melhoramentos da Sorgaçosa e esse facto ainda me responsabiliza mais, quero estar com a minha família e amigos da Sorgaçosa e da Portela da Cerdeira onde tenho a minha casa. A pedido de amigos levo muita água e leite”.

Seis mil bombeiros 

Desde domingo, as chamas foram combatidas por mais de 6 mil bombeiros, mas também foi necessário retirar populações de várias localidades, nos distritos em Viseu, Coimbra, Santarém e Guarda.

Hoje, pelas 09h30, eram 13 as estradas cortadas na região centro do país, incluindo a A13, e várias Estradas Nacionais nos distritos de Leiria, Santarém, Guarda e Leiria.

Em Lisboa, os políticos, a começar pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, cancelaram a sua agenda oficial pelo menos para hoje e os partidos ajustaram as suas iniciativas.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

 

Foto: Fernando Pereira – facebock