O Bloco de Esquerda (BE) de Sintra desafia a coligação PSD/CDS-PP a esclarecer “se se revê ou se se distancia da posição extremista de Ribeiro e Castro”, candidato da coligação à Assembleia Municipal de Sintra, na sequência das afirmações do médico Gentil Martins ao semanário Expresso, onde este definiu a homossexualidade como uma “anomalia” e um “desvio de personalidade”.

Ribeiro e Castro, veio a público defender Gentil Martins e a sua classificação da homossexualidade como “uma aberração”, atacando a deputada Isabel Moreira pelas críticas que dirigiu ao médico, considerando que a deputada, “segue a escola de direitos humanos da Stasi e da Gestapo”.

Segundo o BE de Sintra, “Ribeiro e Castro acusou a deputada e defensora dos direitos LGBT de ‘ter a escola de direitos humanos da Gestapo e da Stasi’, duas polícias políticas infames e torcionárias, responsáveis pela violenta repressão de milhares de pessoas, homossexuais incluídos”, lamentam os bloquistas, em nota enviada hoje, ao SINTRA NOTÍCIAS, considerando que as “comparações intolerantes e intoleráveis que, além da visada, também ofendem a inteligência dos cidadãos e das cidadãs do concelho de Sintra e do país que, em nome de uma sociedade justa e tolerante, recusam a estigmatização dos e das homossexuais. São também uma afronta à memória e ao sofrimento das vítimas destas perseguições”.

O Bloco de Esquerda, “repudia tais afirmações, que só podem resultar da completa perda da noção de decência por parte de Ribeiro e Castro”, lamentando que “venham da parte de alguém que já foi e quer voltar a ser presidente da Assembleia Municipal de Sintra, concelho que tem a diversidade como uma das suas principais riquezas”.

O BE pede aos partidos e ao candidato da coligação à presidência da Câmara de Sintra, Marco Almeida, a quebrarem o “silêncio e a tomar uma posição sobre tais afirmações”, e “se se revêem na posição extremista de Ribeiro e Castro ou se se distanciam da mesma”.

 

Foto: David José Hortinha Gordilho