Hoje não vos vou maçar com questões relativas à política nacional ou local. Não vou aproveitar este espaço para abordar questões da campanha eleitoral autárquica que está aí à porta. Nem sequer vou falar de Sintra – embora haja sempre tanto para dizer sobre esta nossa terra e os seus múltiplos fascínios, segredos e anseios.
Tudo a seu tempo.
Hoje queria apenas saudar dois jovens portugueses que, recentemente, nos encheram o coração e nos aqueceram a alma com o triunfo de Portugal no Eurofestival da Canção – a Luísa Sobral e o seu irmão, o Salvador Sobral.
A canção composta por Luísa Sobral já é um clássico do futuro. Salvador Sobral cantou-a como só ele continuará a cantá-la. Mas esta canção renascerá em várias outras línguas. Será tocada por orquestras ou por bandas pop. Será trabalhada com ritmos diversos. Será aplaudida na voz de “crooners” famosos, como Michael Bublé ou Jamie Cullum. Será escutada nas ruas de Londres, de Moscovo ou de New York, pela mão de cantores de rua. Integrará bandas sonoras de filmes. É a “Coimbra” do presente. É a melodia que pianistas de bar tocarão pela noite fora – e no final alguém dirá, “Play it again, Sam…” É o tema que ouviremos, em fundo, quando estivermos sozinhos no aeroporto de um país distante. É a canção que reconciliará casais desavindos e aproximará amantes impossíveis.
E nós diremos aos nossos netos, daqui por muitos anos, que foi em 2017, quando éramos ainda novos, que tudo começou – e eles não vão querer saber de nada disso, vão rir-se muito, 2017 estará demasiado longe, mas vão continuar a comover-se ao ouvir a canção da Luísa tal como os seus avós…
Parabéns, Luísa. Parabéns, Salvador. E – Obrigado.
António Luís Lopes,
Deputado Municipal / Líder do Grupo Político do PS na Assembleia Municipal de Sintra
