As tão esperadas obras na Estrada Nacional (EN) 117, entre Queluz e Belas, na União de Freguesias de Queluz e Belas, considerada pelos habitantes como a “estrada da vergonha”, arrancaram esta quinta-feira, 27 de abril, com o movimento de máquinas no terreno a preparar o início da obra, junto à Biblioteca Municipal de Queluz.

A intervenção, da responsabilidade da empresa Conduril,  passa, nesta primeira fase, pela demolição das fachadas em ruína que estão antes do viaduto da CREL para quem circula no sentido Queluz/Belas, também na remoção de entulho e limpeza em toda a zona a ser intervencionada.

Presidente da União de Freguesias de Queluz e Belas, Paula Alves

O momento foi registado in loco pela presidente da União de Freguesias de Queluz e Belas, Paula Alves, que partilhou a imagem no facebook. Dias antes, a autarca, ao SINTRA NOTÍCIAS, não escondeu alguma emoção mas também, satisfação, “por um novo dia” na resolução de um problema antigo.  Desde o início deste mandato que foram tantos os problemas e obstáculos, alguns deles tão pequenos, que empataram o início desta obra. Mas a verdade é que em menos de três anos e meio, conseguimos ultrapassar todas as dificuldades”, disse Paula Alves, considerando a via “muito perigosa, e que é frequentada diariamente por 23 mil automóveis”.

Ao SINTRA NOTÍCIAS, alguns habitantes e condutores que utilizam aquela estrada falam de “um dia importante para as gentes de Queluz e de Belas” e principalmente para os utilizadores da estrada, considerando aquela estrada “um perigo”, para automobilistas e peões.

“Obra prioritária”

Recorde-se que em fevereiro de 2014, na sequência da iniciativa “Presidência Aberta” o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, acompanhado pela presidente da União de Freguesias de Queluz e Belas, Paula Alves, considerou classificou a “obra prioritária”.

Mais recentemente, Basílio Horta, na apresentação do projeto de obra na Biblioteca de Queluz, lembrou que “o início da obra significa o fim de um longo caminho de diálogo entre a Câmara, o governo e a Infraestruturas de Portugal”.

Paula Alves (Presidente da União de Freguesias de Queluz e Belas), António Laranjo (Presidente da Infraestruturas de Portugal), Pedro Marques (Ministro do Planeamento e Infraestruturas), Basílio Horta (Presidente da Câmara Municipal de Sintra) e Domingos Quintas (Presidente da Assembleia Municipal de Sintra) | Imagem: CMS

O projeto de requalificação daquele troço tem o valor na ordem dos 2,4 milhões de euros. Apesar de as Infraestruturas de Portugal (IP) desenvolverem o projeto, o município de Sintra investe cerca de um milhão de euros [50% do investimento] em obras de construção de passeios e da ciclovia, que têm o custo inicial estimado de 82 mil euros, e obras de substituição da conduta de abastecimento de água e respetivos ramais.

Além da estrada, toda a zona vai sofrer uma profunda mudança.

Vai ter uma ciclovia, construção de passeios, demolição de vários edifícios, iluminação pública e um novo pavimento betuminoso, prometem acabar com uma situação que se arrasta há décadas e desqualifica esta importante ligação entre Queluz e Belas.

“A luta que foi necessária para garantir que aquele troço fosse requalificado, é inimaginável e só alguém com o peso político de Basílio Horta e disponível a ir até as últimas consequências, conseguia num contexto de forte contenção orçamental, levar o governo a fazer esta obra”, explica fonte da Câmara de Sintra, adiantando que “de todos os investimentos previstos pela IP, a N117 no concelho de Sintra, foi das poucas obras que avançou, graças à respetiva autorização do ministro das Finanças”, sublinha.

Jorge Cardoso / Sintra Notícias