GABRIEL BOAVIDA | A minha caminhada

"Era impensável que a população de uma área como o município de Sintra e Amadora estivessem a ser servida por um meio que vinha do concelho de Oeiras"

A minha caminhada (e não luta como lhe chamaram, não luto contra ninguém) feita após a morte do meu irmão prende-se com o que se passou naquela noite, por um lado os populares não souberam lidar com a situação porque entraram em pânico e não sabiam o Suporte Básico de Vida e por outro lado, a falta de uma VMER no Hospital Amadora Sintra.

A minha primeira diligência foi denunciar a ilegalidade e de seguida interceder junto dos presidente das camaras dos municípios em questão para pressionassem o ministério no sentido de dotar o município de tal ambulância. Era impensável que a população de uma área como o município de Sintra e Amadora estivessem a ser servida por um meio que vinha do concelho de Oeiras.

Aquando da minha audiência com o Sr. Presidente Basílio Horta, falei-lhe da questão do ensino do Suporte Básico de Vida nas escolas ser inexistente bem como a incongruência legal que impõe a existência de Desfibrilhadores em espaços comerciais e desportivos, mas deixa de parte as nossas escolas. De imediato o Sr. Presidente disponibilizou-se para dotar as escolas do nosso concelho com desfibrilhadores. Estarão disponíveis em breve. Assim espero.

No que diz respeito ao ensino do Suporte Básico de Vida dei a conhecer ao Sr. Vice-presidente Rui Pereira um projeto de ensino de Suporte Básico de Vida para leigos chamado 3C´s que assenta nas mais recentes “guide lines” internacionais e a Câmara desenvolveu um protocolo entre esta, a Escola de Reanimação do Hospital Amadora Sintra e o Ministério da Educação que está prestes a começar a ser implementado nas escolas.

Mas neste momento para mim, o passo mais importante que falta dar é a ambulância S.I.V. (Suporte Imediato de Vida) que deve existir no Serviço de Urgência de Mem Martins. Não só porque é uma ambulância diferenciada das demais em termos de equipamento e de pessoal especializado, mas também porque o nosso concelho é muito grande em termos de dimensão e as freguesias limítrofes ficam muito distantes da VMER do Amadora Sintra ou da de Cascais.

Nesse sentido já tive audiência com o Sr. Ministro da Saúde que mostrou vontade politica e com o Sr. Presidente do INEM que espero consiga pô-la ao serviço da população o mais rapidamente possível. Ainda para mais, a VMER de Amadora Sintra fez 55% das suas saídas no nosso concelho de Sintra nomeadamente a sua maioria nas freguesias de Algueirão Mem Martins e de Rio de Mouro.

Para terminar, neste longo percurso com audiências nas Câmaras da Amadora, Sintra, Ministério da educação, Ministério da Saúde e Assembleia da República, foi na nossa Câmara de Sintra que encontrei mais apoio, nomeadamente na pessoa do Sr. Presidente Basílio Horta, que tomou como sua esta caminhada de fazer acontecer mudança no que diz respeito à área da Saúde e nomeadamente na questão do socorro, a quem tenho de fazer uma homenagem:

Parabéns Sr. Presidente pelo seu desempenho. E ao Homem Basílio Horta… Muito obrigado!

Sei que posso/podemos continuar a contar consigo!

Nunca lhe esconderei o meu sorriso. Quem salva uma Vida salva a Humanidade!

Gabriel Boavida