‘Não está nos meus horizontes regressar ao PSD’

Marco Almeida candidato à Câmara de Sintra, nas próximas eleições autárquicas

Há quatro anos, Marco Almeida, ex-vice-presidente de Fernando Seara na Câmara de Sintra,  foi expulso do PSD. Agora recuperou o apoio do antigo partido na corrida à Câmara de Sintra. Em entrevista ao SOL, o candidato diz-se confortável com a situação e acredita que é desta que vai vencer Basílio Horta.

Há quatro anos foi expulso do PSD por se candidatar a Sintra como independente contra o partido. Agora o partido do qual foi militante vai apoiar o movimento que lidera para nova tentativa de conquista da presidência. Admite voltar à militância social-democrata?
Costumo dizer que fui militante do PSD durante cerca de 18 anos. Passei por vários órgãos dirigentes locais, distritais e nacionais. Em 2013, fruto da falta de entendimento que tivemos, ficou marcado o fim do meu percurso partidário. Sou professor de profissão, mas assumo-me também como um homem de intervenção política e cívica. Portanto, a partir de 2013 a minha opção passou por fazer um caminho que não tem a ver com militâncias, mas sem abdicar dessa dimensão política e cívica. Esse caminho pode ser feito. Ou seja, não está nos meus horizontes regressar ao PSD nem a qualquer outro partido. A opção é manter este estatuto de independente.

Depois de tudo o que viveu o movimento independente que apoiou Marco Almeida há quatro anos, os ataques verbais, as expulsões de militantes do PSD, como se sente agora ao receber esse apoio?
Em primeiro lugar, esta candidatura corresponde a um imenso desafio, o principal dos quais passa por pôr fim a um governo liderado por Basílio Horta, que se afastou dos sintrenses e do concelho. Este desafio passou, prioritariamente, por unir um conjunto de esforços para que a candidatura pudesse ser vencedora a bem de um projeto alternativo e a bem dos sintrenses. Por isso, essa questão de saber se me sinto confortável só tem uma resposta: sinto-me completamente confortável.

Mesmo com tudo o que aconteceu?
Sim. Em 2013 não foi possível que esse entendimento fosse concretizado. O PSD entendeu ter um caminho alternativo que não passava pelo apoio à minha candidatura [candidatou Pedro Pinto]. Na ocasião entendi que 12 anos de gestão da Câmara Municipal de Sintra e a relação que mantive com as pessoas justificavam que fosse candidato a presidente de câmara. Como sou um homem de convicções e um homem das comunidades entendi candidatar-me. O PSD seguiu o seu caminho, eu segui o meu. Na altura o PSD foi livre e eu fui livre. Agora, a liberdade que houve em 2013 volta a estar em cima da mesa e entendemos que era possível congregar esforços, não esquecendo o passado, como é óbvio. Este serve para reconhecer o que de bom e de mau aconteceu naquele processo que levou à candidatura.

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