António Luís Lopes | SINTRA – passado, presente e futuro

Opinião

Não se pode fazer nenhuma avaliação séria do presente sem se ter em conta o passado – sobretudo o passado (ainda) recente. Porque há um “lastro” que fica. Porque há responsabilidades que se herdam. Porque há constrangimentos que resultam da inação ou incompetência desse passado.

Em Sintra há quem persista em fazer de conta que “o passado não interessa”. Que “já lá vai”. Que doze anos da anterior gestão na CMS (com o Dr. Fernando Seara como Presidente e o Dr. Marco Almeida como Vice Presidente) não tiveram influência alguma no presente. Que não ficaram problemas (tremendos) por resolver, questões por dirimir, necessidades por suprir.

Aqueles que insistem nesta intenção de “apagar” (ou ignorar) a história sabem bem porque o fazem: ou porque não a querem cotejar com o presente, para não terem que reconhecer o muito que melhorou; ou porque não querem relembrar o quão negativo esse passado foi, para não comprometerem a campanha permanente daqueles que apoiam e que deixaram Sintra a marcar passo durante mais de uma década.

Em qualquer dos casos – há que persistir na VERDADE, por muito que incomode.

E a VERDADE (para quem fizer uma avaliação isenta e de boa fé) é que o Concelho de Sintra está melhor após os últimos 3 anos de gestão municipal do PS.

Está melhor financeiramente porque se racionalizaram serviços e se registou uma redução da despesa corrente superior a 1 milhão de euros nos serviços municipais, municipalizados e empresas municipais, para além do corte em avenças desnecessárias.

Está melhor porque, nestes tempos tão difíceis para todos, foram reforçadas as verbas destinadas à ação social, ao apoio às famílias, aos munícipes mais carenciados.

Está melhor porque se deu prioridade ao desenvolvimento das infraestruturas de água e saneamento nas áreas urbanas de génese ilegal (AUGI).

Está melhor porque (finalmente!) foi feita a reorganização das Empresas Municipais (naquilo que constituiu a maior reforma aplicada até hoje no universo municipal) e que envolveu mais de meio milhar de trabalhadores, com a preservação de todos os postos de trabalho.

Está melhor porque abriu uma nova Loja do Cidadão em Agualva / Cacém e um novo Espaço do Cidadão em Rio de Mouro, disponibilizando um conjunto de serviços muito requisitados e de grande importância para a população.

Está melhor porque foi aprovada a delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico de Sintra, permitindo a implementação de estratégias de reabilitação e requalificação do mesmo.

Está melhor porque foi possível garantir a construção de cinco centros de saúde no Concelho – em Queluz/Belas, Almargem do Bispo, Algueirão-Mem Martins,  Agualva/Mira Sintra e Sintra – assim como voltou a estar na ordem do dia a exigência de construção de um Hospital em Sintra, com o empenho determinado do Presidente da CMS, o Dr. Basílio Horta.

Está melhor porque se abriu o parque urbano da Rinchoa / Fitares, porque se arranjaram os jardins da Quinta Nova da Assunção em Belas, porque se recuperou e colocou ao dispor dos Sintrenses a Quinta da Ribafria.

Está melhor porque, em vez de descer, Sintra voltou a subir lugares nos rankings de qualidade de vida, ambiente propício para instalação de empresas, criação de emprego e transparência na relação com os munícipes.

Com isto não queremos afirmar que todos os problemas de Sintra estão resolvidos, longe disso – porque não estaríamos a ser fiéis à tal VERDADE que prezamos acima de tudo. Temos um território vasto e complexo e, obviamente, a dimensão dos desafios é da mesma grandeza. Mas enquanto há quem use os problemas para os explorar demagogicamente e com intuitos meramente eleitoralistas, o PS vê nesses problemas por resolver as próximas etapas de um caminho que tem vindo a ser traçado com determinação e rigor.

Os Sintrenses sabem que, em apenas três anos, seria impossível fazer tudo aquilo que outros não fizeram em doze. Por isso o desafio será dar continuidade a este projeto sólido, empenhado e concretizador – ou “regressar ao passado”, ainda que “pintado” de outra cor, o que representaria um claro retrocesso para o nosso Concelho.

António Luís Lopes | Deputado Municipal / Líder do Grupo Político do PS na Assembleia Municipal de Sintra