A Câmara de Sintra esclareceu hoje que os refeitórios das escolas do concelho estão a funcionar “normalmente” e disse “estranhar” a posição do STAL ao alertar para a falta de pessoal nos estabelecimentos.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) alertou hoje para a falta de 200 pessoas para trabalhar em cerca de uma centena de refeitórios de escolas de Sintra.

Carlos Faia Fernandes, da direção regional de Lisboa do STAL, disse à Lusa que a falta de pessoal nos refeitórios das escolas em Sintra no arranque do ano letivo é “recorrente”, mas este ano a situação está a prolongar-se e a transformar-se “num caos”.

Por seu turno, numa reação enviada por escrito à agência Lusa, a Câmara de Sintra afirma o “normal funcionamento das refeições escolares e estranha a forma como o STAL optou por colocar em causa o funcionamento de espaços que servem uma média de 14 mil refeições por dia”.

A autarquia adianta que gere 92 refeitórios do pré-escolar e 1.º ciclo (68 refeitórios de confeção local e 24 refeitórios de confeção diferida), servindo em média 14 mil refeições diárias.

“Nos últimos anos letivos temos registado uma diminuição do número de alunos e uma consequentemente redução do número de almoços servidos, pelo que, naturalmente, o número de trabalhadores afetos aos refeitórios escolares tem diminuído”, justifica.

No entanto, acrescenta a autarquia liderada por Basílio Horta, “ao longo do tempo, tem sido adequado o rácio de trabalhadores a cada refeitório escolar” e, “contrariamente ao comunicado do STAL, os refeitórios escolares têm ao serviço 322 funcionários (a tempo integral ou parcial, conforme estabelecido em caderno de encargos)”.

A Câmara de Sintra esclarece ainda que, durante este mês de outubro, se verifica que estão por colocar 22 funcionários a tempo integral e dez funcionários a tempo parcial.

“São situações pontuais que estão neste momento em fase de resolução, estando já em curso os respetivos procedimentos de afetação deste pessoal por parte da empresa contratada para prestar este serviço”, informa.

Sobre os utensílios de cozinha, que o STAL denuncia serem insuficientes, a autarquia revela que está prevista a entrega de novo material durante o próximo mês.

“A Câmara Municipal de Sintra destaca, também, o esforço do município de Sintra ao nível da modernização das cozinhas escolares, que implica um investimento de 4,2 milhões de euros durante os próximos três anos, estando já oito intervenções concluídas, às quais se seguirão mais quarenta”, conclui.

Lusa