Marco Almeida defende maior descida de impostos

"Em Sintra nunca se desceu tanto o IMI como no atual mandato, mas temos de o fazer de forma responsável e equilibrada sem olhar a ciclos eleitorais", defende Basílio Horta

O vereador da Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida, defende que o atual executivo deveria descer ainda mais os impostos municipais.

Vereadores | Marco AlmeidaMarco Almeida apresentou um conjunto de propostas na última reunião de Câmara, dia 27 de setembro, onde defende que “a justiça fiscal deve abranger o conjunto dos sintrenses e não apenas uma parte”, propondo uma maior redução no IRS (para 3%), na derrama sobre lucros de empresas (para 1% em vez de 1,5%) e a adoção do IMI familiar que permite reduções em função do número de descendentes. Segundo o ex-vereador do PSD, as suas propostas levariam a “uma redução de 13,5 milhões de euros, que representa cerca de 18% do saldo orçamental de junho de 72 milhões de euros”.

Basílio Horta, presidente da autarquia considera que as propostas iriam “diminuir gravemente as receitas da câmara”, comprometendo a política de redução da dívida e de investimento lançado pelo atual executivo. Os saldos orçamentais “não são estruturais” e quando se reduz impostos “temos de levar em conta as receitas e as despesas do orçamento municipal”. “Em Sintra nunca se desceu tanto o IMI como no atual mandato, mas temos de o fazer de forma responsável e equilibrada sem olhar a ciclos eleitorais”, defendeu.

A autarquia aprovou na última terça-feira reduzir a taxa de Imposto sobre Imóveis (IMI) de 0,37% para 0,35% em 2017, depois de já ter descido em 2016 de 0,39% para 0,37%, e decidiu ainda não aumentar a tarifa da água no concelho. Em 2017 a autarquia irá também aplicar a redução da participação de 5% para 4% no Imposto sobre Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), com “uma diminuição de receitas da câmara de 3,794 milhões de euros”.